John Locke
Fichamento do Livro I, capítulo II.
Não há na mente princípios especulativos inatos.
Locke faz uma refutação à teoria das ideias inatas, e apresenta considerações a respeito da aquisição das ideias.
Argumentos para refutação às ideias inatas.
O homem possui capacidades próprias, com as quais chega ao conhecimento de verdades, sem que seja necessário para isso, que possua, antes mesmo de ter consciência, impressas em si tais verdades.
Os homens alcançam todo o seu conhecimento, por meio da experiência. “O conhecimento é sempre de ideias não inatas, mas adquiridas.” (p.36)
Contestação do argumento do Consentimento Universal.
Não existe nenhuma ideia que seja conhecida e aceita por todos os indivíduos.
“A evidência que nem as crianças, nem os tolos têm apreensão desses princípios, nem pensam neles, é falta suficiente para destruir o assentimento universal, que seria necessariamente concomitante a toda a verdade inata.” (p.29)
Não é concebível, para Locke, que ideias existam na mente, porém os homens não tenham conhecimento delas.
Resposta à alegação de que os homens conheceriam esses princípios ao começarem a usar a razão.
Primeiramente, mesmo que isso fosse possível, ainda assim não provaria que tais verdades são nativas.
As máximas matemáticas são compreendidas e conhecidas pelo uso da razão, porém não são tidas como ideias inatas.
“Só poderíamos pensar que seria inato aquilo cuja descoberta requer o uso da razão, se tomarmos por inatas todas as verdades que a razão nos ensina.” (p.31)
Para tanto, seria necessário que o uso da razão se desse no mesmo instante que essas verdades fossem, por nós, conhecidas, o que não é o caso.
Para que os homens compreendam essas verdades universais, é necessário que faça-se uso da razão, muito embora o uso da razão se inicie