John lock
Filósofo e Médico pela Oxford, nasceu em 1632 na Inglaterra. Teve uma vida voltada para o pensamento político e desenvolvimento intelectual. Em 1682, devido a perseguições políticas, teve que se exilar na Holanda, onde tinha liberdade de expressão e pode trabalhar bastantes questões de seu viés liberal, retornando à Inglaterra seis anos depois. Para Locke, o conhecimento não se adquiria por meio de deduções ou especulações, mas sim através de experiências vividas pelo ser, ou seja, através do empirismo. Defende a ideia de que as experiências científicas devem ser baseadas na observação do mundo, descartando também explicações baseadas na fé. Afirmava que a mente da pessoa ao nascer era uma tábua rasa, como uma espécie de folha branca, que é preenchida (conhecimento e personalidade) através da experiência de vida. Locke diz que os seres humanos nascem bons, iguais e independentes, sendo a sociedade, responsável pela formação do indivíduo. Diferentemente de Hobbes, Locke diz que a soberania não está no Estado mas sim no próprio indivíduo em sociedade, ou seja, na população. Diz ainda que o Estado mesmo supremo, deve respeitar as leis naturais e civis. Levanta a ideia de separação do poder em três: Executivo, Legislativo e Judiciário. Sendo o Legislativo, o mais importante, pois representa o povo. Locke diferencia estado de natureza de estado de guerra, dizendo que o primeiro ocorre quando os homens vivem entre si em gozo de suas liberdades, sem um superior, enquanto o segundo passa a existir quando a liberdade ou direito de propriedade (patrimônio) é dilapidado, sendo garantido ao sofredor da agressão, o direito de declarar guerra. Também defendia a escravidão. Não relacionada à escravidão racista ou especista, mas sim aos vencidos em guerra ou que perdiam seu direito à vida, afirmando que “aquele a quem a entregou [a vida] pode, quando o tem entre as mãos, demorar em tomá-la, empregando-o em seu próprio serviço”...(LOCKE, 1978,