Jogos e brincadeiras na idade média
Autor: Paulo Nunes de Almeida
Os jogos no desenvolvimento e na formação da criança
A natureza do jogo em cada fase do desenvolvimento do ser humano:
Fase sensório-motora (1 a 2 anos aproximadamente) = desenvolvimento dos sentidos, movimentos, músculos, percepção e cérebro. O bebê brinca com seu corpo fazendo movimentos de estender e recolher os braços, as pernas, os dedos...
Nesse estágio as crianças brincam se exercitando associando as necessidades de seu crescimento com movimentos simples, a função do exercício está associada ao funcionamento puro e simples dos aparelhos motores.
Os jogos de exercícios caracterizam efeitos esperados (a criança age para ver o que sua ação vai produzir) sem ser uma ação exploratória. Toca e empurra, desloca e amontoa para ver no que vai dar. Desde cedo introduz na atividade lúdica da criança uma dimensão de risco e de gratuidade em que o prazer da surpresa opõe-se à curiosidade satisfeita. Ao brincar os bebês incorporam-se ao cérebro, por meio dos sentidos impressões verdadeiras que vão aflorar no desenvolvimento cognitivo.
O meio ambiente precisa estimular tanto a atividade mental como a emocional, pois é isso que faz crescer a delicada rede de conexões. “Quanto mais um criança ouve e vê, mais quer ver e ouvir” diz Piaget (p. 44), pois as informações enviadas ao cérebro geram sempre conexões novas que as mantém sempre ativas. Ex. aprender a falar apenas por ouvir.
Nessa fase a criança precisa de um adulto por inteiro, dele dependerão seu crescimento e sua relação social. A primeira infância é riquíssima e deve ser estimulada de todos os modos possíveis. A perda desse período pode ser irreparável. Falar, ler, contar histórias, conversar, brincar, correr = estimulações variadas = participar da vida dos filhos são atitudes que educam a criança. O contato afetuoso e estimulante do adulto com a criança que caracteriza o primeiro sinal de educação lúdica.