Jogos Dos Povos Ind Genas
“O Importante não é competir, sim celebrar”
A diversidade cultural dos povos indígenas brasileiros é hoje representada por cerca de 230 etnias que vivem em suas terras originais e que ainda mantêm vivas aproximadamente 180 línguas. Cada um com sua identidade cultural, manifestações, usos, tradições, costumes, habilidades tecnológicas, organização social, ritos, crenças, filosofias, espiritualidades e esportes tradicionais peculiares.
Em 1980, os irmãos Carlos e Marcos Terena idealizaram e planejaram a realização das “Olimpíadas Indígenas”, no sentido de agregar os valores dos esportes tradicionais indígenas, já que até então nenhum trabalho desse tipo havia sido realizado de forma oficial. Durante 16 anos, os irmãos buscaram ajuda nos gabinetes dos dirigentes esportivos governamentais, levando a proposta para a criação do evento, porém nunca foram levados a sério.
Em 1996, com a criação do Ministério Extraordinário dos Esportes, é que a proposta foi aceita pelo então ministro Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, para a realização dos Jogos dos Povos Indígenas. O então Instituto Nacional do Desenvolvimento do Desporto (Indesp), órgão executivo do Ministério dos Esportes, colocou Marcos Roberto e José Eduardo, assessores do referido órgão na época, à disposição do Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena, para juntos iniciarem os trabalhos de planejamento de ações e de recursos financeiros para a realização da primeira edição do evento.
16 de outubro de 1996, em Goiânia, representantes do povo Krahô, originário do Tocantins, friccionaram pedaços de madeira com pedra, provocando a faísca que faria nascer a primeira chama do fogo sagrado dos Jogos dos Povos Indígenas. Mais de 24 etnias e cerca de 600 participantes adentraram o estádio olímpico da cidade para as primeiras atividades.
Em 1997, os irmãos Terena convencem o então ministro do Esporte e Turismo, Rafael Greca, a realizar a segunda edição dos Jogos dos Povos Indígenas, que