jogos de matematica na educaçao infantil
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Ao longo de diferentes processos civilizatórios, o jogo sempre se fez presente como eixo central nas relações humanas, seja sob a forma de rituais, mitos, trabalho, festividades ou divertimentos. Com tal penetração que remonta tempos distantes, vigorando até o presente momento é compreensível que tal elemento sofra diversas interpretações a partir de impressões e estudos de diferentes áreas do conhecimento e do próprio senso comum. Assim, atribuiu-se à palavra jogo diferentes sentidos, chegando, até mesmo, alguns, servirem para fins depreciativos como é o caso dos termos “jogo de interesses” e “isto não é sério; é só uma brincadeirinha”. Desta forma, para fins didáticos busco diferenciar estes três termos (tendo como referência teórica os estudos de Kishimoto – 2002), porém, no Brasil, a exemplo de outros países, estes termos são empregados como sinônimos. De acordo com Kishimoto (idem), pode-se definir tais elementos como: Para Caillois (1986) o jogo é uma atividade livre e voluntária, fonte de alegria e diversão. Predomina a incerteza e o caráter improdutivo de não criar nem bens nem riquezas. Acredita que somente se joga quando é do desejo do sujeito: quando ele quer e o tempo que quiser. Este autor acredita que jogo é muito mais do que uma situação estruturada pelo tipo de material. Comenta:
"La palabra juego designa además el estilo, la manera de un intérprete, músico o comediante, es decir las características originales que distinguen de los demás, su manera de tocar un instrumento o de interpretar un papel" (p. 09). Porém, continua este autor, dizendo que quando o sujeito se vincula a uma partitura, ou a um papel a interpretar, torna-se menos livre de manifestar sua personalidade diante das ilimitadas variações que uma determinada situação lúdica pode proporcionar. Por isso, Caillois (idem) entende que a palavra jogo combina com liberdade e invenção.
Huizinga (1996) destaca como um elemento importante do jogo o seu caráter