Joaquim prestes análise

378 palavras 2 páginas
Joaquim Prestes possui características inovadoras e modernas, já que se preocupa em possuir bens de valor econômico alto e se destacar, através, por exemplo, da compra do primeiro automóvel da região. Porém, apesar de ter perfil moderno, Joaquim Prestes ainda possui uma autoridade patriarcal, sendo assim rude e orgulhoso. Joaquim possui atitudes de paternalismo, como ir sempre à cidade comprar um remédio caro para um empregado doente, sem descontar dele e outras baseadas num relacionamento mais impessoal, descontando no salário desse mesmo empregado o custo de uma vidraça que o rapaz tinha quebrado. Enfim, Joaquim Prestes procura se modernizar, porém sua característica autoritária o impede de ser um fazendeiro diferente de seus antepassados. No conto O poço, a relação patrão- empregado é distante, fria. Joaquim Prestes trata mal seus funcionários, explorando-os muitas vezes. No conto Túmulo, túmulo, túmulo, pode-se também notar uma relação patrão um pouco distante no primeiro momento, porém tal relação, em um segundo momento de maneira breve passa para uma relação pessoal. Belazarte é o personagem que narra esta história. Em sua própria narração é possível encontrar registros de um maior distanciamento com seu empregado Ellis, e relatos de uma maior relação de amizade com este. Logo no início da história, a relação patrão- empregado entre Belazarte e Ellis torna-se pessoal. Já no conto O poço, tal relação não ocorre, Joaquim Prestes é bem mais distante de seus funcionários, limitando-se a obrigá-los a exercerem determinadas funções e fornecendo somente o básico para a sobrevivência destes. Muito diferente de Belazarte, Joaquim enaltece a modernização e é extremamente encantado por ela, mas ele é incapaz de combiná-la com uma postura humanista, sendo esta uma grande e marcante característica das contradições da economia brasileira da época. Nota-se, assim, que enquanto a relação de Joaquim é fria e severa com seus empregados, a de Belazarte é completamente

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