Joakim
Para que haja uma abordagem a respeito da possível influência do projeto profissional dos Assistentes Sociais em sua prática cotidiana torna-se oportuno que se faça um breve esclarecimento em que consiste a vida cotidiana.
A vida cotidiana de acordo com Netto e Carvalho (1996, p. 25) [...] é heterogênea e também hierárquica. Isto é, [...] é caracterizada por um conjunto de ações e relações heterogêneas que contêm em seu bojo uma certa hierarquia. Esta não é rígida nem imutável, [...]. Ela se altera seja em função dos valores de uma dada época histórica, seja em função das particularidades e interesses de cada indivíduo nas diferentes etapas de sua vida.
Para os autores a vida cotidiana está formada por elementos que lhe dão características diferentes e que são organizados por uma certa ordem de prioridade, que se modifica tanto pela alteração do período histórico em que se vive, assim como em função dos interesses de cada indivíduo, por meio das múltiplas escolhas feitas ao longo de sua vida e que estão condicionadas a transformações em diferentes instâncias, sejam políticas, econômicas ou sociais.
Veroneze (2013, p. 165) destaca que o “[...] cotidiano está relacionado àquilo que é vivido e à vida social dos indivíduos sociais. Um e outro se relacionam entre si. [...]”. Desse modo compreende-se que o cotidiano vincula-se as relações vividas socialmente no dia a dia. E é justamente neste âmbito das vivências cotidianas do indivíduo como ser social, que será formada a práxis do Assistente Social, ou seja, serão as relações cotidianas da ação profissional que possibilitarão a materialização de seu projeto profissional denominado Projeto Ético-Político.
Tendo em vista a efetivação de tal projeto, é necessário que o Assistente Social no processo do