Jesus e seu movimento.
André Myre
No capítulo em discussão, o autor nos faz um convite para que conheçamos a problemática por ele abordada, no que diz respeito: historia e fé. O conteúdo escolhido por André Myre, esta além do que já ouvimos, pois ele não se preocupa em revelar “a verdade”, porém, tenta desconstruir um conhecimento arcaico e místico do texto bíblico, que é sempre a visão do Cristo Senhor e não do Cristo homem. Há muito, ouvimos falar do Jesus cem por cento homem e cem por cento Deus, mas, a nossa atenção esta em todo tempo no Jesus-Deus. Onde estaria o Jesus, menino, filho, trabalhador, homem e onde que foi formada as suas opiniões religiosas? Estas são as indagações encontradas na fala do autor, que nos incita a buscar os pormenores, que foram ocultos durante muito tempo. Quando analisamos os Evangelhos a menção do Jesus Senhor é uníssona. Pois, todos foram escritos após a sua morte, não obstante, mas precisamente devido a sua ressurreição. Em sua morte, não fora só a sua carne contida no sepulcro como também todos os seus ensinamentos, suas curas e seus sinais milagrosos. Em sua ressurreição tudo o que ele realizou tornou a ter vida juntamente com ele. E isto, influenciou os escritores de sua época, os quais revelaram o Jesus-Deus e velaram o Jesus-homem. Toda esta falta de documentos sobre o Jesus histórico nos faz entender a expressão preciosa aludida pelo autor chamada de “pressupostos”. A experiência da vida humana é um dos pressupostos utilizados para evidenciar a existência de Jesus e uma das formas de se fazer uma interpretação supra-histórica do passado. “A experiência contemporânea da vida, mesmo da vida de fé, serve de critério fundamental para interpretar os textos do passado. Existe a experiência e existe a maneira de contá-la”. Pág. 73. O outro pressuposto citado no texto tem a sua vertente da pós morte de Cristo, isto é, foi a morte e a ressurreição de Jesus que o colocou no cenário histórico. O Cristo além da experiência