Demografia
O emprego de conceitos como índices de natalidade, mortalidade, fertilidade e outros conferiu à demografia notável rigor científico. Sua aplicação permite estudar em quantidade e qualidade o crescimento populacional e determinar alguns dos componentes que estão na base da riqueza e da pobreza das nações.
O termo demografia foi criado em 1855 por Achille Guillard, no livro Eléments de statistique humaine ou démographie comparée (Elementos de estatística humana ou demografia comparada), para designar a ciência que trata das condições, movimentos e progresso das populações. A palavra tem hoje significado muito mais amplo, de ciência das populações humanas. Seu estudo é fundamental porque: (1) a população é elemento político essencial, pois não pode existir estado despovoado; (2) a população dá cunho específico à configuração de uma sociedade, conforme seja mais jovem ou mais idosa, crescente ou decrescente, predominantemente rural ou urbana, mais rica ou mais pobre, formada por uma ou várias etnias etc; e (3) conseqüentemente, todas as questões pertinentes a seus múltiplos aspectos (número, flutuações, composição segundo vários critérios, distribuição territorial, movimentos migratórios etc.) tanto atuais quanto futuros, são fundamentais para a perfeita compreensão de um país e como base do planejamento econômico, político, social ou cultural.
Do ponto de vista demográfico, as populações podem ser abordadas segundo quatro critérios diferentes, cada qual com técnicas próprias: (1) abordagem histórica, que tem por objeto a evolução dos fenômenos demográficos ao longo do tempo e pesquisa as causas e conseqüências dos fatos populacionais com o método das ciências históricas; (2) abordagem doutrinária, que analisa as idéias de pensadores, pregadores ou filósofos, em matéria de população; (3) abordagem analítica, tecnicamente a mais importante, que por meio de processos matemáticos e estatísticos colige os dados brutos indispensáveis e os