Jean Baptiste Debret (1768 – 1848) Natural de Paris, nasceu a 18 de abril de 1768 e faleceu a 28 de julho de 1868. Estudou na Academia de Belas Artes, tendo sido discípulo de Jacques Louis David, passando depois para a Escola de Pontes e Calçadas, de onde se transferiu para a Escola Politécnica, tudo isso em sua cidade natal. Era membro de uma família burguesa francesa culta e esclarecida. Seu pai, escrivão do Tribunal de Paris, dedicava grande interesse à história natural e às artes. Debret veio ao Brasil, em 1816, já maduro, com 48 anos, a convite do rei Dom João VI, como integrante da missão francesa. Como „pintor da história‟, foi nomeado professor integrante da Academia Real de Ciências, Artes e Ofícios – que, no entanto, demorou a sair do papel, por causa de problemas burocráticos e divisões políticas. Já era pintor da corte de Napoleão, e o que trouxe ao Brasil foi exatamente o oposto do que fez o príncipe português Dom João deixar a Europa - Dom João deixa Portugal quando está sob ameaça de invasão de tropas napoleônicas. Já Debret, um protegido da corte do imperador francês, decide deixar a França quando Napoleão perde o poder, numa das várias restaurações da monarquia após a Revolução Francesa. Outro motivo que colaborou para sua vinda foi a morte prematura de seu filho. Debret fazia parte do grupo encarregado da fundação da Academia de Belas Artes (1826). Em sua obra, obedecia ao estilo Neoclássico, ou seja, um estilo artístico que propunha a volta aos padrões da arte clássica (greco-romana) da antigüidade. Ele foi desenhista, pintor cenográfico, professor de pintura e organizador da primeira exposição de arte no Brasil (1829). Em 1818 trabalhou num projeto de ornamentação da cidade do Rio de Janeiro para os festejos da aclamação de Dom João VI como Rei de Portugal, Brasil e Algarves. Desenhista oficial da corte fixou em suas telas os costumes, usos e paisagens do Brasil, criando um documento histórico de importância fundamental para a recriação da