jean baptiste debret
A guerra de Napoleão movida na Europa contra a Inglaterra, no princípio do século XIX, acabou tendo consequência para a coroa Portuguesa, Napoleão impôs um bloqueio ao comércio entre Inglaterra e o continente. Com a chegada de D. João VI ao Rio de Janeiro, o patriciado rural que se consolidara nas casas-grandes de engenho e fazenda – as mulheres gordas, fazendo doce, os homens muito anchos dos seus títulos e privilégios de sargento-mor e capitão, de seus púcaros, de suas esporas e dos seus punhais de prata, de alguma colcha da índia guardada na arca, dos muito filhos legítimos e naturais espalhados pela casa e pela senzala – começou a perder a majestade dos tempos coloniais. (FREYRE, 2003, p. 105). O príncipe D. João VI decidiu-se pela transferência da corte para sua colônia. Em poucos dias, cerca de 15 mil pessoas embarcaram para o Brasil, sob a proteção da frota Inglesa. Napoleão sem suspeitar, fez com que a história do Brasil tomasse um rumo inesperado.
No dia 26 de março de 1816, no veleiro norte americano Calpe, chegava ao Rio a Missão Artística Francesa, com o objetivo de instalar o ensino das artes e ofícios no Brasil, da qual fazia parte o pintor histórico Jean Baptist Debret.
Com a chegada da família Real Portuguesa vieram muitos fidalgos, empregados do Paço e muita gente do povo. A população do Rio aumentou cerca de trinta mil pessoas.
Os usos e costumes do Rio colonial modificaram-se com o acréscimo da nova população. Surgiram festas tais como procissão de Corpus-Cristi.
Debret registrou os mais importantes acontecimentos que aqui ocorreram durante sua estada, como aclamação de D. João VI, a chegada da Princesa Leopoldina, a coroação de D. Pedro I como imperador, entre outros, porém não se reservou apenas a representação da corte, mas sobretudo registrou cena do cotidiano das ruas do Rio de Janeiro, observando cada detalhe da sociedade que ali se desenvolvia.
Viveu no Brasil por 15 anos onde organizou sua grande obra: o