Janio quadros
Nesse contexto a previsibilidade de um golpe militar que acompanhava a democracia brasileira desde 1946 parecia muito próximo. Contudo, o movimento cívico-militar encabeçado pelo governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola – cunhado de Jango – por meio da conhecida Rede da Legalidade começou a se mobilizar para garantir a posse do vice-presidente. No Rio Grande do Sul, parcela da população civil pegou em armas para garantir o cumprimento da lei. A UNE e vários sindicatos declararam greve, a OAB e a CNBB declararam apoio ao cumprimento da Constituição.
Nesse contexto de instabilidade política, se estabeleceu um acordo, onde a posse de João Goulart aconteceria, mas por meio de uma “solução de compromisso”, que através de uma emenda à constituição estabelecia o parlamentarismo no país. Assim Goulart assumia a presidência mas o chefe de governo seria o primeiro-ministro.
Os militares ordenaram o bombardeio do Palácio do Piratini no RS, mas os sargentos impediram que os aviões decolassem.
A “solução de compromisso” previa um plebiscito para legitimar a alteração na forma de governo. Assim, em 1963 quase 80% dos brasileiros decidiram pela volta do presidencialismo, devolvendo os poderes de chefe do governo ao presidente João Goulart.
O governo Goulart foi marcado pela instabilidade política e economica. Pressionado pela crise na economia, Jango procurou se aproximar dos movimentos sociais, comprometendo-se a recuperar o poder de compra dos trabalhadores.
Tentou colocar em prática o Plano Trienal, onde previa uma série de reformas com a finalidade de dar um novo dinamismo ao capitalismo brasileiro, como a reforma agrária, educacional (com investimentos de 15% da