Jacques Maritain
(1882 - 1973)
Filósofo e diplomata francês nascido em Paris, certamente o mais importante pensador católico do século XX, principal representante do neotomismo, corrente doutrinária caracterizada sobretudo pela tentativa de abordar a problemática filosófica contemporânea sob a perspectiva tomística. Oriundo de família protestante, estudou na Universidade de Paris, a Sorbonne, onde concluiu o curso de licenciatura em filosofia (1905) e converteu-se ao Catolicismo (1906), quando então fora batizado. Estudou também biologia (1906-1908) na Universidade de Heidelberg, Alemanha e freqüentou ainda o Collége de France onde conheceu Henri Bergson, seu professor cuja influência marcou o início do pensamento filosófico. Além de Bergson, Spinoza e Driesch formarem a base de seu pensamento filósofo-humanista, a sua formação católica o fez aprofundar-se (1909) nos estudos filosóficos de Santo Tomás de Aquino, tornando-se mais tarde um dos maiores intérpretes do chamado neotomismo. Foi professor no Institut Catholique de Paris (1914-1939) e no Instituto de Estudos Medievais em Toronto, Canadá. Destacou-se como um dos mentores da Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada pela Organização das Nações Unidas, a ONU (1948). Lecionou nas universidades de Columbia, Chicago e Princeton (1948-1960), mas nunca se desligou de Paris, nem do Institut Catholique. Embaxador francês no Vaticano (1945-19488) opôs-se às reformas propostas modernizadoras do Concílio do Vaticano. Morreu em Toulouse, França e sua obra continua sendo alvo de inúmeros debates e pesquisas acadêmicas em universidades de todo o mundo. Em sua obra literária destacaram-se Les Degrés du savoir (1932), Art et scolastique (1920) e La Philosophie morale (1960).