Jackson pollock - abstraccionismo americano
A arte abstracta dos inícios do século XX tinha como objectivo suprimir a relação da realidade com a obra artística, utilizando linhas e planos, cores e o significado que certas formas podem sugerir, mas sempre com o objectivo de criar algo o mais distanciado da realidade que era possível. Quando o significado de um quadro depende essencialmente da cor e da forma, e quando o pintor rompe com os laços que ligam a sua obra a realidade, ela passa a ser abstracta. É este o objectivo dos pintores abstractos, que nada na sua obra seja directamente ligado a realidade, muitos deles partem de formas visuais da realidade para chegar a formas e cores, visualmente inexistentes.
Apesar das restrições e estranhezas que provocou, o abstraccionismo não é uma novidade absoluta. No passado, mais que uma vez, notamos formas e cores abstractas, desligadas da realidade. As primeiras manifestações neste sentido apareceram na Pré-História, a chamada Arte rupestre.
Durante a Idade Média, como na alta antiguidade oriental, a representação da natureza foi artisticamente ignorada. Embora figurativa, a pintura medieval – cristã primitiva, bizantina romântica e gótica primitiva – foi essencialmente abstracta, porque não se inspirava nas realidades da natureza, mas nas abstracções da crença religiosa.
Numerosas seitas muçulmanas, por exemplo, recusam a representação figurativa da realidade, substituindo-a por desenhos ornamentais, os chamados arabescos.
Jackson Pollock
Paul Jackson Pollock (1912 – 1956), foi o mais importante pintor norte-americano do Expressionismo Abstracto Americano. A sua pintura era caracterizada como violenta, agressiva, espontânea e automática, embora mais tarde o pintor tenha afirmado que a sua obra era previamente pensada e que ele sabia exactamente o local onde queria deixar cair ou atirar a tinta. Destruiu os meios tradicionais de execução – pincéis, trinchas, espátulas, etc…
A tinta era aplicada directamente na parede ou no chão,