Ivy Lee
Na época, já era comum para as grandes empresas, o emprego de assessores de imprensa para representá-las e rebater as críticas. Mas esses homens não conduziam longas campanhas para influenciar a opinião pública. E boa parte da população tinha pouco contato com a mídia de massa. Como Stuart Ewen relata em “PR! A Social History of Spin” (“Relações Públicas! Uma História Social da Formação de Opinião”), a atitude dos empresários tradicionais em relação ao público era de “forte arrogância”. Lee foi o pioneiro de novos métodos – e, no processo, criou um novo setor profissional.
Lee observou que o crescimento de cadeias nacionais de jornais nos Estados Unidos desde a década de 1880, combinada com a extensão das franquias havia causado mudanças profundas na sociedade. Agora, pela primeira vez, havia algo que podia ser corretamente chamado de “opinião pública”, uma consciência compartilhada e discutida por todo o país – algo que deveria ser temido. Lee notou como a emergente mídia de massa agia como meio para a mensagem anticapitalista do Progressivismo, o movimento liberalizante de reforma que teve seu auge nos Estados Unidos no começo do século XX. Ele percebeu que não apenas era essencial que os negócios rebatessem essa mensagem, mas também que o mesmo meio poderia ser usado para divulgar um sentimento pró-negócios.
Sua ideia, um tanto óbvia, mas inédita até então, era a de enviar às redações