Itau
A trajetória da instituição financeira e de seu par, o Itaú, a quem se uniu em 2008, conta partes relevantes da história brasileira e dela fizeram parte grandes personalidades do empresariado nacional. Mas é quase um tabu falar sobre isso em um país onde a relação dos cidadãos com seus bancos não é das melhores.
A interpretação mais comum é que eles pagam juros de menos para quem guarda o dinheiro e cobram juros demais de quem pega emprestado. Os lucros bilionários pouco contribuem para melhorar a imagem – parece que “eles” sempre levam vantagem sobre os clientes. Como explica Roberto Troster, ex-economista chefe da Federação Brasileira de Bancos, falta legitimidade. “Os lucros das instituições financeiras são vistos como abusivos. Não são os maiores lucros, nem a maior rentabilidade, mas a sociedade percebe que a contribuição dos bancos é fraca”, diz.
Não há como ignorar, porém, o que se tornou o maior banco privado do país. Em nove décadas, o Unibanco e o Itaú cresceram, mudaram algumas vezes de nome, fizeram fusões, aquisições, viveram o milagre econômico, a hiperinflação e o boom da classe média.
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Além disso, deixaram nomes importantes na história. A terceira geração das famílias fundadoras dos dois bancos, inclusive, permanece no poder. “São os últimos, além do Safra, da mais tradicional escola bancária brasileira. Nesse sentido, o que há de melhor em termos de banqueiros”, afirma Troster. “Aquele banqueiro