Isaac assayag
O aumento da temperatura pode provocar a subida do nível dos mares por causa da expansão térmica da água (a água quente ocupa mais volume que a fria) e do degelo de parte das calotas polares. Algumas estimativas indicam aumento de 1,4 °C a 5,8 °C em 100 anos (o aquecimento global médio durante o século XX foi de pouco mais de 0,5 °C), com aumento do nível do mar de 88 cm no fim desse período. Com esse aumento, grandes áreas do litoral seriam inundadas, muitas ilhas ficariam submersas e muitas pessoas ficariam desabrigadas. Além disso, o avanço das águas salgadas pode contaminar os reservatórios de água doce mais próximos das regiões costeiras.
O aquecimento do planeta também poderá interferir nós caminhos das correntes de ar e de água e alterar o regime de chuvas e o clima de várias regiões, prejudicando a agricultura. Outro fator negativo seria a proliferação de insetos (que se reproduzem melhor em climas mais quentes) que transmitem microrganismos patogênicos e que atacam plantações.
Alguns estudos indicam que os países em desenvolvimento serão muito prejudicados pelo aquecimento global, com queda na produção de alimentos de 25% até 2080 (embora algumas culturas possam ser beneficiadas). Finalmente, o aquecimento provocaria também a extinção de muitas espécies.
Pensando nesse problema, os países têm se reunido e apresentado propostas para reduzir gradativamente a emissão dos gases causadores do efeito estufa. É possível, por exemplo, reduzir o consumo de combustíveis fósseis se houver equipamentos mais eficientes, que queimem menos combustível. Outra saída é investir no aproveitamento de fontes alternativas de energia, que não emitam gás carbônico.
Nessas discussões, os países pobres lembram que os ricos, mais industrializados, são em geral os maiores responsáveis pelo aquecimento global,