Iracema
O romantismo brasileiro encontrou no índio a sua mais autêntica expressão de nacionalidade. O mito do
“bom selvagem” de Rousseau estava vivo nas matas brasileiras, identificadas como o “paraíso perdido”.
Rousseau
O romance indianista celebra tanto o estado de pureza e inocência do índio quanto a formação mestiça da raça brasileira.
Vitor Meireles
O romantismo europeu valorizava o passado medieval, no qual se buscava reencontrar as raízes históricas e culturais de cada povo e de cada nação.
O
romantismo brasileiro recorreu ao período anterior ao nosso descobrimento, no qual o índio corresponde à figura do cavaleiro medieval.
Na tentativa de definir a etnia brasileira, os escritores constataram que o índio era o verdadeiro representante da raça brasileira, mais que o branco e o negro. A simpatia pelo índio era resultado também do trabalho de conscientização feito pelos jesuítas, no sentido de preservar a liberdade dos silvícolas.
Cearense, principal romancista romântico brasileiro, escreveu romances indianistas, históricos, urbanos e regionalistas.
Sua produção literária estava voltada para o projeto de construção da cultura brasileira, no qual o romance indianista, buscando um tema nacional e uma linguagem mais brasileira, ganhou papel de destaque.
Seus três romances indianistas são: O guarani (1857), Iracema
(1865) e Ubirajara (1874).
Comprometido com o nacionalismo e o americanismo do movimento romântico, o romance narra a lenda (criada pelo próprio
Alencar) da origem do Ceará e da civilização brasileira, fruto do amor proibido entre o português Martim e a virgem Iracema, uma jovem índia.
IRACEMA
AMÉRICA
Iracema é um anagrama de Am
1.Trata-se
de um poema em prosa, com uma série de ingredientes próprios de contos de fadas.
2. Alencar parte de um argumento histórico e o associa à lenda da fundação do Ceará: Martim Soares
Moreno,