geração do diploma
Outro número que chama a atenção é o crescimento do número pós graduados no Brasil. O número de mestres e doutores formados pelas universidades brasileiras mais que quadruplicou em 15 anos, passando de 13.219 em 1996 para 55.047 em 2011 (aumento de 312%), segundo dados do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Era de se esperar que esses números inéditos no campo da qualificação refeletissem em aumento da produtividade e da competitividade das empresas brasileiras, mas não é o que está acontecendo. A chamada "Geração do Diploma" está chamando a atenção do mercado, porém de forma negativa.
Veja, por exemplo, o que diz Rafael Lucchesi, diretor de educação e tecnologia na Confederação Nacional da Indústria (CNI):
“Mesmo com essa expansão, na indústria de transformação, por exemplo, tivemos um aumento de produtividade de apenas 1,1% entre 2001 e 2012, enquanto o salário médio dos trabalhadores subiu 169% (em dólares)." (Rafael Lucchesi)
O mercado e os empresários começaram a perceber que ter um diploma de cursos superior significa muito pouco em relação à competência e à qualificação de um profissional, o que pode ser muito ruim para quem de fato tem as qualidades necessárias para acessar o mercado de trabalho e acaba tendo mais dificuldade para conquistar um emprego ou crescer na carreira. Segundo José Pastore, sociólogo e especialista em relações do trabalho da Faculdade de Economia e Administração da USP, a maioria dos recém formados não conseguem demonstar as competências mais comumente exigidas por quem contrata:
"Os empresários