Iracema uma transa amazonica
A história narrada em estilo semidocumental segue a trajetória de um caminhoneiro e uma prostituta, que viajam juntos pela Rodovia Transamazônica recém-construída. O caminhoneiro, apelidado de Tião "Brasil Grande", fala sempre da sua confiança no progresso do Brasil e de quão bem a construção da rodovia em plena floresta ajudará a isso acontecer. Seu caminhão tem o famoso adesivo "Brasil, ame-o ou deixe-o" (popularizado pelo regime militar da época) no parabrisa e no parachoche está escrito "Do destino ninguém foge".
Contrastando com esse otimismo, aparecem as paisagens do desmatamento, queimadas e devastação da floresta pela janela do caminhão. As pessoas com quem Tião conversa reclamam dos grileiros que tomam as terras dos pobres. Tião diz que o povo é ignorante, que compra terras sem pedir a documentação. Para outros ele diz que a rodovia do governo é boa, mas os caminhoneiros dizem que muitas vezes eles próprios tem que construirem as estradas para chegarem até onde a madeira se encontra para as transportarem. Enquanto isso, Iracema segue o que ela acha ser a sua sina: vagar sem destino, acompanhando os caminhoneiros em suas viagens. Ao ser levada para uma fazenda no interior da mata, ela presencia uma negociação de mão-de-obra envolvendo um sitiante e um agenciador. O sitiante começa dizendo que não quer problemas, que deseja tudo legalizado. Mas logo mostra a precariedade do emprego ao negociar o preço da comissão cobrada pelo agente: reclama que está caro, que a maioria dos homens que ele contrata fugirão logo ou morrerão de malária. Já o agenciador diz que o trabalhadores que transporta são todos ignorantes, que