Ipos
AMBIENTE ECONÔMICO
ESCANDALO DO BANCO PANAMERICANO
A demora do BC em aprovar a nova diretoria do Panamericano impediu que a Caixa também tivesse que aportar recursos para ajudar a cobrir o rombo de R$ 2,5 bilhões na instituição financeira, que teve 49% de suas ações adquiridas pelo banco público em dezembro do ano passado.
“O problema foi detectado e solucionado a tempo, antes da aprovação final do BC dessa fusão, antes do BC aprovar a posse dos diretores e conselheiros. A partir daí é que se institui a responsabilidade solidária da Caixa ao passivo do banco. E isso vai além de R$ 700 milhões”, afirmou Meirelles.
Em dezembro, a Caixa, por meio do braço financeiro CaixaPar, pagou R$ 739,2 milhões por 49% do controle acionário do Panamericano. O negócio foi firmado após passar por várias auditorias internas e externas. A aprovação do BC, no entanto, só veio em julho. Para acelerar a entrada no Panamericano, em agosto, a Caixa enviou à autoridade monetária toda a documentação, inclusive nomes da diretoria, para a conclusão do negócio. Para sorte da Caixa, a BC só aprovou a posse da nova diretoria em novembro — um dia após ter sido injetado recursos no Panamericano para que fosse resolvido o problema das “inconsistências patrimoniais”. Ou seja, demorou três meses para aprovação.
Segundo um técnico do BC, não houve demora na aprovação dos nomes para o Panamericano porque há burocracia no processo. Na avaliação do técnico, autoridade monetária só poderia levar adiante o processo quando o problema no Panamericano estivesse totalmente