IPES, IBAD E O PODER HEGEMONICO.
RESUMO
Através do conceito de Gramsci sobre os aparelhos privados de hegemonia, podemos relaciona-lo ao surgimento de 2 institutos (IPES e IBAD) criados a fim de fortalecer o poder de um grupo hegemônico,onde uma parte dominante através desses dois institutos visou constituir uma liderança através de um domínio moral e intelectual, para obter um controle da sociedade, com o auxilio das mídias da época
DESENVOLVIMENTO
Entendendo que se deva ter um consenso, o estado tenta ‘’impor’’ uma visão (positiva) sua de ideias em relação a outras existentes, conseguindo estas através da tomada de espaços ideológicos, sendo as instituições da sociedade civil ‘’separadas’’ da sociedade tida como política e assim independentes em associação ao estado.
Nisso entra relacionada ao autor italiano dois institutos que se entrelaçam com a história do regime militar no Brasil: IPES (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais) e o IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática). O IBAD, originado em Maio de 1959, teve a sua criação realizada por membros do setor empresarial (privado), contrários aos governos anteriores do regime (JK e Jango), e não se furtou de utilizar uma aparelhagem midiática a fim de ‘’popularizar’’ entre a população brasileira os seus ideais anticomunistas, conseguindo espaço em jornais, cadeias televisivas e radiofônicas, não se furtando de apoiar financeiramente candidatos contrários a esses. No entanto o estado intervém e em 1962 o instituto foi extinto. Mesmo com a extinção do IBAD, a esfera privada, comandada pelo meio empresarial aparece em outro instituto, este com duração mais longa, servindo de extremo auxílio a chegada do poder dos militares e o seu mantimento, assim nota-se a presença do IPES, que com uma postura semelhante a do IBAD, ‘’chega ao poder’’, e assim diferentemente do seu ‘’irmão’’, perdura do inicio dos anos 60 até o inicio dos anos 70 e portanto