Ipe
A madeira do ipê é muito valorizada. Por sua resistência, dureza e flexibilidade sempre foi considerada uma madeira-de-lei. Uma outra vantagem que ela possui é a de aguentar bastante a umidade. Desse modo, a sua madeira é utilizada em construções civis e navais (produção de quilhas), em edificação de pontes, na confecção de postes e dormentes, de tacos de assoalho, vigamentos, esteios, bengalas, entre tantos outros.
Nome científico: Tabebuia spp., Bignoniaceae.
Nomes internacionais: bethabara, ipé , ipê, lapacho, lapacho ararillo.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Características sensoriais:
Cerne e alburno distintos pela cor, cerne pardo ou castanho com reflexos amarelados ou esverdeados, alburno branco-amarelado; superfície sem brilho; cheiro e gosto imperceptíveis; densidade alta; dura ao corte; grã irregular a revessa; textura fina.
Descrição anatômica macroscópica:
Parênquima axial: visível apenas sob lente, paratraqueal vasicêntrico a aliforme, confluente, formando pequenos arranjos oblíquos e ainda marginal muito fino.
Raios: visíveis apenas sob lente no topo, na face tangencial é visível a sua estratificação (4 a 5 por mm); poucos.
Vasos: visíveis apenas sob lente; pequenos; muito numerosos; porosidade difusa; solitários e múltiplos; obstruídos por substância amarelada (ipeína).
Camadas de crescimento: pouco distintas, individualizadas por zonas fibrosas tangenciais mais escuras e por finas linhas de parênquima marginal.
DURABILIDADE / TRATAMENTO
Durabilidade natural:
A Madeira de ipê, em ensaios de laboratório, demonstrou ser de alta resistência ao ataque de organismos xilófagos (fungos e cupins) Em experimento realizado em ambiente marinho foi moderadamente atacada por organismos perfuradores. Em ensaio de campo, com estacas em contato com o solo apresentou vida média de 8 a 9 anos. Em observações práticas, é considerada muito resistente ao apodrecimento.
Tratabilidade:
Em tratamento sob pressão demonstrou ser impermeável às soluções preservastes