Alves 2009
Oswaldo Luiz Alves
LQES – Laboratório de Química do Estado Sólido
Instituto de Química, UNICAMP lqes@iqm.unicamp.br As implicações de primeira ordem
Inegavelmente, a produção científica brasileira só tem feito aumentar nos últimos 20 anos. Hoje, todos os indicadores apontam para números da ordem de mais de 2% da produção mundial. Trata-se de um resultado extremamente importante, uma vez que ainda representa uma das maiores taxas de crescimento mundiais.
Vários fatores contribuíram e se somaram para que se atingisse estes resultados, dentre eles, a política nacional de pós-graduação, financiamentos mais ou menos contínuos
(nos últimos anos muito mais regulares), programas especiais e, sobretudo, a crença incansável da comunidade científica brasileira. Sem a menor dúvida, agências como o
CNPq, CAPES, FAPs (aquelas que conseguiram efetivamente se estabelecer) e, mais recentemente, os Fundos Setoriais, foram atores importantes deste processo.
Ao atingirmos este valor da produção mundial, atingimos também um maior grau de visibilidade da Ciência e Tecnologia brasileiras, ou seja: fica praticamente impossível circunscrever a geração do conhecimento unicamente à esfera acadêmica. Os desdobramentos da atividade de pesquisa começam a gerar outras expectativas para o governo, para as empresas, para a sociedade como um todo. Todo este novo quadro começa por ter importantes implicações sobre as hostes acadêmicas e na própria concepção da formação de recursos humanos, sejam eles de graduação ou de pósgraduação.
Na verdade, a lógica que trouxe o país a este patamar de produção científica nos remete, hoje, a algumas questões, dentre elas: como continuarmos a aumentar a produção do conhecimento, em termos numéricos, sem que isto implique numa perda de qualidade, dando lugar a um processo no qual a razão primordial seja, única e exclusivamente, a geração de “papers”.
Sempre se acreditou, ou se acreditava, em nosso país, que professores com nível de