IPÊ ROSA
Goiânia, 25 de agosto de 2014Docente: Eguimar Chaveiro
Discente: Anauê Sâmara Teodoro Freitas
Texto em prosa, com o tema Ipê Rosa do Samambaia.
Lições de um Ipê Quem sou? Sou o Ipê vergonhoso, de bochechas rosadas, que viajou da mata Atlântica até o Cerrado. Mas, não quero falar de mim, tão somente de mim e de forma tão egocêntrica. Quero ser metamorfizado em coisas, momentos e pessoas, quero ser mistério.
Sendo Ipê, eu aprendi que muitas vezes na vida você vai existir, assim como existe o natal, a páscoa, o dia das bruxas, fim, você vai existir, porém não vai aparecer, Veja eu, existo o ano todo, passo os dias quase imperceptível, mas durante uns breves meses eu viro quase um carro alegórico., a diferença é que não me locomovo. Mas, quem disse que por não me locomover eu não me movimento? Talvez a física, me desculpem estudantes de física que passam por aqui todos os dias, olhem minhas folhas dançando no ritmo do vento, perceba minhas sementes percorrendo a América Latina na bagagem dos pássaros e das abelhas polinizadora. E dentro de mim existe o movimento da seiva que me mantem viva aqui. Existe também o movimento dos olhos, sim! Seus olhos, eles são sem dúvida os músculos do seu corpo que mais trabalham, ainda mais se você for um dedicado leitor, e assim nesse ofício agradável vocês humanos devoram minha beleza.
Todo ano eu solto as folhas, deixo-as caírem, em troca recebo as flores, assim aprendi que na vida é preciso tomar decisões, escolher quais caminhos trilhar, e toda vez que você diz “sim” para algo, você esta dizendo “não” para outra coisa, assim é a vida. Indecisa, mas cobradora.
Na minha copa eu hospedo temporariamente várias espécies de seres vivos, cada um deles com sua singularidade contribui para o desenvolvimento de todos. Aprendi assim que não podemos distinguir ou discriminar o diferente, e quando fazemos isto estamos magoando o encanto que a vida tem e ao mesmo tempo nos contradizendo, afinal,