Invasão na PUC 1977

3.1-Identificação do local de memória:

As memórias do movimento estudantil perpassam pela invasão da PUC em 1977; localizada na Barra- Funda, campo Perdizes, rua monte alegre nº 1024 . Tornando - o assim um local de memória .
A Pontifícia Universidade Católica, foi escolhida entre os estudantes após a proibição da utilização de universidades federais para as reuniões da UNE ( União Nacional de Estudantes),desde o congresso em Ibiúna em 1968, reunião que se dava em uma terceira tentativa de reorganizar o movimento estudantil,que se via declinado pelas políticas ditatoriais.

“ Ninguém se juntava para nada e também não ficava sabendo de nada que acontecia em outros lugares. Nos primeiros três ou quatro anos da década de 1970, era muito difícil eu diria que quase impossível que acontecimentos relacionados com atividades estudantis ocorridas em outros lugares tivessem alguma capacidade de repercutir na universidade, mesmo que ficássemos sabendo pelos jornais. Nesse contexto as atividades estudantis tinham apenas local , porque aconteciam numa escala muito reduzida. A ação dos militantes estudantis se limitava somente ao espaço restrito das escolas e faculdades, e numa perspectiva otimista, mas também mais arriscada se tentava fazer algo mobilizando os estudantes do campus.”¹

É então na década de 70 que surge uma maior movimentação em prol de que se promova a União Nacional Estudantil, e é escolhida o prédio universitário e católico , para essa reunião. A união conta com 50 mil alunos de todo o país, que após se reunirem dentro de uma das salas, seguem a frente do teatro TUCA para manifestarem – se, e em uma ordem do governador Paulo Egidio, e ato do Coronel Antônio Erasmo Dias a universidade é invadida de uma forma extremamente caótica e truculenta
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¹ Depoimento retirado da tese de Renato Cancian – Paulo Moreira Leite , São Paulo , 2006
3.2 - JUSTIFICATIVA E CONTEXTUALIZAÇÃO HISTORIOGRÁFICAS: A relevância de uma