Introdução à ciência da sociedade
Jackqueline Ramos Castro
Animais e seres humanos comparativamente possuem diferenças e semelhanças. Apesar de ambos possuírem diversos comportamentos instintivos, somente o homem possui comportamentos que não são definidos geneticamente, mas sim, dependem de um processo de aprendizagem.
O homem possui uma capacidade de abstração que o permite transformar ações, situações e sentimentos em imagens, símbolos com significações que podem ser compreendidas pelos seus semelhantes. A cultura formou-se assim, das crenças e práticas dentro de um mesmo grupo, apreendidas e reproduzidas pelos demais integrantes. Através desse processo de significação da realidade, seja ela existente ou imaginada, o conhecimento se construiu e tornou-se cumulativo, sendo capaz de reproduzir-se ao longo do tempo.
Com os gregos desenvolveu-se o espírito especulativo, uma forma de refletir e entender o mundo objetivamente, deixando de lado o misticismo e a tradição. Dessa nova maneira de pensar surge a filosofia e o homem passa a buscar a compreensão da realidade através da razão.
A razão ainda persiste durante o Império Romano, herdeiro dos valores gregos. Porém, com a queda do Império Romano e a chegada da Idade Média, a razão é subjugada pela religião que se torna o centro de tudo.
É durante o Renascimento que os homens novamente se voltam para a razão. A partir do século XVII, há um crescente progresso do método de conhecimento científico - a ciência é o método destinado à descoberta das leis que regem as relações dos homens entre si e com a realidade que os rodeia.
No século XIX, da necessidade do homem de compreender as relações que estabelecem entre si e a natureza da vida coletiva sem a interferência da moral e da religião, surge a sociologia, a ciência da sociedade. A sociologia representou a possibilidade de se conhecer a realidade social de forma racional.
A sociologia desenvolveu-se e passou a ser conhecida, embora de