Introdução às Relações Internacionais
Professora: Fernanda Nanci
Aluna: Letícia Lessa
RI como um tema acadêmico
A primeira guerra mundial, responsável por milhões de mortes, foi o impulso decisivo para o estabelecimento de uma disciplina acadêmica de RI, cujo objetivo seria nunca mais permitir o sofrimento humano em tal escala. A guerra foi uma experiência devastadora para grande parte da população mundial e, em particular, para jovens soldados recrutados para os exércitos e abatido aos milhões.
Os EUA foram finalmente arrastados para a guerra, em 1917, e sua intervenção militar determinou definitivamente o resultado da vitória: garantiu a vitória para os aliados democratas e a derrota dos poderes centrais autocráticos. Nessa época, o presidente dos EUA Woodrow Wilson, tinha como principal missão levar os valores democráticos liberais à Europa e ao resto do mundo, uma vez que, para ele, esta era a única forma de impedir outra grande guerra. Dentre as ideias de Wilson para um mundo mais pacífico, dois pontos principais merecem uma ênfase especial. O primeiro está associado à promoção da democracia e da autodeterminação, que tem por base a convicção liberal de que governos democráticos não fazem e não vão à guerra uns contra os outros. O segundo ponto principal se referia à criação de uma organização internacional que estabeleceria as relações entre os Estados em uma fundação internacional mais firme do que as percepções realistas do Concerto da Europa e da balança de poder no passado. Ou seja, as RI passariam a ser reguladas por meio de um conjunto de regras comuns do direito internacional. A convicção é a de que é possível colocar um fim à guerra e alcançar uma paz de certa forma permanente por meio de uma organização internacional racional e planejada de modo inteligente.
O idealismo liberal não foi uma boa orientação intelectual para as RI nos anos 1930. A interdependência não produziu uma cooperação pacífica e a Liga das Nações ficou impotente diante da política de poder