Introdução a filosofia - Ideologias e Justiça
1. Bibliografia:
CUNHA, José Auri. Ideologias e Justiça In Livro: Filosofia: Iniciação à Investigação Filosófica. São Paulo: Ed. Atual, 1992. (p.143)
2. Resumo das Ideias Centrais (principais ideias do autor)
2.1 A ideia de justiça é provavelmente uma das mais antigas do homem e está ligada à existência da ordem e da harmonia em tudo o que existe. (p.143)
2.2 Os gregos, por exemplo, concebiam a sociedade como um fator natural, ou seja, eles viam a natureza como modelo do que é justo. Mas como observadores críticos da realidade prática que eram eles logo perceberam que os injustos quase sempre tiravam o melhor partido. (p. 144-145-146)
2.3 Segundo o autor, o Logos (razão), baseava-se na busca racional das causas naturais para os acontecimentos da Natureza. Essas causas naturais eram admitidas como forças próprias das coisas, responsáveis pela ordem dos acontecimentos, trazendo assim uma nova interpretação da natureza que contrariava o pensamento mítico. (pág.146)
2.4 Após gerar o conhecimento das leis causais verdadeiras da natureza, chamado de ciência, o logos gerou uma nova forma de conhecimento, chamado de ideologia. O termo ideologia foi criado apenas no século XVIII, durante o processo da Revolução Francesa, a significar o conjunto aparentemente racional de ideias, procurando ocultar a sua própria origem nos interesses sociais de um grupo particular da sociedade, justificando os direitos e deveres do cidadão, os limites da soberania do Estado e as relações de trabalho e de propriedade entre os agentes econômicos. Do ponto de vista histórico, as ideologias são sucedâneas dos mitos na representação da unidade social. Assim tanto ideologia quanto mito necessita expressar-se no imaginário de uma coletividade, para, como experiência interna vivida, poder cimentar afetivamente as convicções e motivar a entrega política dos indivíduos a causa coletiva, até com o sacrifício da vida. Há, portanto, um parentesco entre os dois, na medida em que ambos