Introdução a economia solidária
1. Solidariedade X competição na economia
Paul Singer destaca de início dois pontos positivos da competição no mercado capitalista: aquele que permite o consumidor a escolher o que mais lhe satisfaz, de acordo com suas necessidades; e essa competição faz com que as empresas que melhor atendem os consumidores vendam mais e consequentemente lucrem mais com isso, são os considerados ganhadores.
A competição na economia tem sido criticada por seus efeitos sociais, onde os chamados perdedores acumulam desvantagens para as competições futuras. Para que tivéssemos uma sociedade igualitária entre os membros seria necessária uma economia solidaria em vez de competitiva.
Mesmo em uma economia solidária algumas cooperativas iriam melhor que outras, dadas as diferentes habilidades e inclinação dos indivíduos que compõem cada uma delas. Faz-se necessária, então, a intervenção do estado que redistribui a renda para igualar as vantagens ou desvantagens entre as empresas, movendo capital das empresas ganhadoras para as perdedoras.
O autor buscar apontar as vantagens de uma sociedade solidária em um tempo em que o sucesso individual é o maior objetivo do ser, destacando, também, que as desigualdades e competições geradas pela corrida capitalista não são naturais, mas sim o resultado de como se dá o modo de produção na economia. A diferença entre os modos de produção capitalista e solidário é que no primeiro vale o princípio de direito a propriedade individual, enquanto no modo de produção da economia solidária a propriedade coletiva ou associada do capital é que vale como princípio.
2. Empresa capitalista e empresa solidaria: a repartição dos ganhos
Os salários nas diferentes empresas, capitalista e solidária, são dados em formas diferentes. Comecemos aqui a tratar a empresa capitalista, onde o ajuste dos salários é a relação entre a oferta e demanda da força de trabalho. Trabalhadores procuram empresas que pagam melhores salários, enquanto