introdução a bornout
O termo Burnout tem origem na língua inglesa, a partir da união de dois termos: burn e out, que respectivamente significam queimar e fora. A união dos termos pode ser traduzida por algo como “ser consumido pelo fogo”. Na gíria inglesa, burnout identifica os usuários de drogas que se deixaram consumir pelo vício. A expressão significa combustão completa e descreve o estado de profundo desgaste profissional.
Este termo Burnout foi inicialmente utilizado em 1953 em uma publicação de estudo de caso de Schwartz e Will. Neste, é descrita a problemática de uma enfermeira psiquiátrica desiludida com seu trabalho. No entanto foi somente em meados dos anos 70 que Burnout chamou a atenção do público e da comunidade acadêmica americana. O médico psicanalista, Freudenberger, no ano de 1974, descreveu o fenômeno como um sentimento de fracasso e exaustão causado por um excessivo desgaste de energia, força e recursos. A partir da década de 80, Christina Maslasch, Ayala Pine e Gary Cherniss foram os estudiosos que popularizaram o conceito Bournout e o legitimaram como uma importante questão social (Farber, 1991).
Entre as principais características da síndrome de Burnout, está a exaustão emocional, despersonalização e redução da realização pessoal. Trata-se especificamente, de um estado crônico de tensão que resulta em incompatibilidade entre o trabalhador e sua atividade. A baixa realização pessoal no trabalho é entendida como tendência do trabalhador a se auto-avaliar de forma negativa. Essas dimensões acabam por gerar no trabalhador insatisfação consigo próprio e com seu desenvolvimento profissional. Devemos considerar que a síndrome de Burnout tem sido amplamente estudada com trabalhadores de diversas áreas da saúde, do serviço social e educação. São trabalhadores que necessitam manter contato direto com outras pessoas, por isso ficam mais susceptíveis às manifestações de estresse e apresentam, em alguns casos, maior nível de sintomas físicos e emocionais