introdução TCC a valorização do brincar na escolarização
Introdução
Tendo em vista que existem pais questionadores por verem seus filhos na escola a brincar ao invés de estudar e aprender por meio das letras, ou seja, por meio do método tradicional de ensino que é o abecedário, é que esta pesquisa vem contribuir para desmitificar tal ideologia, que até então com certeza está estereotipada e cristalizada na cabeça dessas pessoas. Na realidade, as brincadeiras das crianças deveriam ser consideradas suas atividades mais sérias. Na verdade, se queremos entender nossos filhos, precisamos entender suas brincadeiras, visto que, ao observar uma criança brincando, o adulto pode compreender como ela vê e constrói o mundo, como ela gostaria que ele fosse, o que a preocupa e os problemas que a cercam. Através do brincar, a criança pode desenvolver sua coordenação motora, suas habilidades visuais e auditivas, seu raciocínio criativo e a inteligência. Está comprovado que a criança que não tem grandes oportunidades de brincar e com quem os pais raramente brincam sofrem bloqueios e rupturas em seus processos mentais; já com a brincadeira, ela começa a entender como as coisas funcionam, o que pode e não pode ser feito, aprende que existem regras que devem ser respeitadas, se quer ter amiguinhos para brincar e, principalmente, aprende a perder e a ver que o mundo não acaba por causa disso. Descobre ainda que, se ela perde um jogo hoje, pode ganhar outro amanhã. Logo, o brincar pode funcionar como um espaço através do qual a criança deixa sair sua angústia, aprende a lidar com a separação, o crescer, a autonomia, os limites. Finalizo com as palavras de Winnicott que diz: "É no brincar, e talvez apenas no brincar, que a criança ou o adulto fluem sua liberdade de criação." Deste modo, vê-se assim que, aprender brincando, além de ser mais divertido e prazeroso para os aprendizes (crianças ou adultos), é também uma forma de buscar sua liberdade e