Introdução TCC antipsicóticos
A esquizofrenia é uma doença mental grave que se caracteriza por sintomas positivos ou produtivos, delírio, alucinações auditivas, ilusões, agitação extrema, crises agressivas, comportamentos destrutivos, desagregação do pensamento e negativos, tais como embotamento afetivo, dificuldade de julgamento e de atenção, desorganização do pensamento e falta de motivação. A Esquizofrenia é encarada como uma doença que acarreta uma profunda disfunção em quase todas as funções da mente humana - percepção, pensamento inferencial, linguagem, memória e funções executivas. Os sintomas positivos, ao contrário dos produtivos, respondem mais facilmente ao tratamento.
O início dos sintomas ocorre na vida adulta (idade média de 25 anos), sendo mais precoce em homens do que em mulheres. A doença afeta uma em cada 100 pessoas ao correr da vida. Cerca de 80% dos acometidos desenvolvem recidivas e sintomas crônicos.
A Esquizofrenia foi desde sempre uma doença estigmatizante que afeta profundamente a qualidade de vida dos doentes. Até ao início dos anos 50, o tratamento destes doentes consistia em assegurar-lhes um ambiente seguro e acolhedor nos internamentos a longo prazo em hospitais psiquiátricos e esperar por uma ilusória remissão espontânea.
Primeiro anti-psicótico (Clorpromazina) no início dos anos 50, revolucionou a abordagem desta doença, uma vez que este tornou possível o controle da sintomatologia positiva que era a mais bizarra e por isso, a mais incapacitante do ponto de vista social. Assim, até aos anos 80, o principal objetivo da abordagem terapêutica centrou-se principalmente no controle dos sintomas positivos. Os primeiros anti-psicóticos (anti-psicóticos de primeira geração) se mostravam ineficazes ou apenas parcialmente eficazes no tratamento dos sintomas negativos, bem como com possível agravamento dos mesmos (sintomas negativos secundários). Eis que surge então o primeiro anti-psicótico de segunda geração (atípico) – a Clozapina – que trouxe uma