Período Homérico
Chama-se período homérico uma das fases da história da Grécia (c. 1200 a.C. –800 a.C.) cuja principal fonte de informação são as obras de Homero, Ilíada e Odisseia.
Inicia-se no final da [civilização micênica] - com a suposta invasão dórica do século XI a.C. -, estendendo-se até o fim da Idade das Trevas na Grécia, por volta de 800 a.C.), quando surgem os primeiros registros escritos, inclusive a literatura épica de Homero século VIII a.C.), e as primeiraspólis, as cidades-estados gregas começam a se estruturar [1][2] Durante o período micênico (c. 1600 a.C. - c. 1100 a.C.),[3] os eólios e os jônios já se haviam estabelecido na Ática, onde fundaram Atenas.
O período homérico tem início por volta de 1150 a.C., quando os dóricos começaram a invadir o Peloponeso, o que provocou a redução da atividade agrícola e da produção artesanal, a paralisação do comércio e a emigração de muitos jônios e eólios para as ilhas do Egeu e Ásia Menor, no episódio denominado de Primeira Diáspora Grega, com a consequente desarticulação da civilização creto-micênica até ali estruturada.
O período homérico ficou marcado pela constituição das chamadas comunidades gentílicas. A base da sociedade passou a ser o genos (reunião em um mesmo lar de todos os descendentes de um único antepassado - aparentados consanguíneos ou não - , que era um herói ou umsemideus). Era uma espécie de clã e funcionava em economia fechada (autarquia) e politicamente autônoma. Cada um dos genos possuía o seu pater, uma espécie de líder político e econômico, pessoa de prestígio dentro do grupo, que entretanto não usufruía de privilégios maiores em relação aos demais membros do grupo. Um conjunto de genos formava a fratria; as fratrias reunidas formavam as tribos. Tudo o que era produzido pela fratria era distribuído igualitariamente entre as genos, impedindo assim a ascensão de um único genos. Caso o genos fosse pouco numeroso ou não dominasse certo tipo de trabalho,