Esquizofrenia e TCC
INTRODUÇÃO
A esquizofrenia é um transtorno mental crônico de causas múltiplas com indicativo para fator etiológico preponderante da genética e com alterações neuromorfológicas. O paciente com esquizofrenia tem dificuldade para distinguir as experiências reais das experiências delirantes e, devido o conjunto de sintomas, para pensar de forma lógica, ter respostas emocionais normais e comportar-se de forma adaptativa e adequada em situações sociais (Barreto & Elkis, 2004; Gallo & Teles,
2013).
Considerando os detrimentos no juízo crítico e na socialização do sujeito, o apoio psicoterapêutico e o treinamento de estratégias de enfrentamento e manejo de situações de vida ajudam a adaptação ao ambiente e o enfrentamento o estresse, sendo que as intervenções familiares e sócio-profissionais modificam fatores ambientais de acordo com a capacidade do paciente (Silva, 2006).
No início da segunda metade do século XX Aaron Back já descreve um tratamento ambulatorial bem sucedido de paciente esquizofrênico, embora apenas no final do mesmo século é que grande número de ensaios clínicos foram realizados, classificados de acordo com o tipo de técnica que utilizavam, como modificação de crenças, focalização/reatribuição, normalização, intervenção na psicose aguda, promoção de estratégias de adaptação e técnicas combinadas (Barreto & Elkis, 2004).
Esse trabalho tem por objetivo uma breve explanação acerca da patologia supracitada – histórico, definição, sintomas e subtipos - e apresentar esse tratamento psicoterapêutico sob a ótica do modelo teórico metodológico da Terapia CognitivoComportamental que desenvolveu técnicas para diminuir os prejuízos na capacidade do indivíduo de interagir e lidar com o mundo, tornando-o mais adaptativo e funcional.
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1. BREVE HISTÓRICO
Os estudos da esquizofrenia datam no final do século XIX e tem dois principais nomes: Kraepelin (1856-1926) e Eugen Bleuler (1857-1939). O primeiro classificou