As causas da esquizofrenia na visão da Teoria Cognitiva e Opções de Tratamento da TCC
Causas Orgânicas e Genéticas
As causas da esquizofrenia ainda são bem nebulosas e variadas; há muitas hipóteses, mas o fator orgânico é inegável. Uma grande causa estudada é a genética, onde há muitas discussões e poucas conclusões. Para Kaplan, Sadock e Grebb, (1997), esse fator genético é corroborado pelo fato de que, em gêmeos monozigóticos, se um desenvolver a doença o outro também irá desenvolver, mesmo se criados separados e com pais diferentes. Também se sabe que a incidência é maior em gêmeos monozigóticos do que em dizigóticos.
Ainda de acordo com os autores, referente aos fatores biológicos, há cinco hipóteses sobre o funcionamento da esquizofrenia: hipótese dopaminérgica, hipótese noradrenérgica, hipótese do ácido aminobutírico (GABA), hipótese serotoninérgica e a hipótese dos efeitos de alucinógenos.
Vamos nos deter na referente à hiperfunção dopaminérgica central, pois é a hipótese mais aceita e mais estudada pela comunidade científica. No entanto, de acordo com Lieberman, Mailman e Duncam (1998), “sabe-se que além do sistema dopaminérgico, outros sistemas de neurotransmissores centrais desempenham algum papel, sendo provável que vários sistemas estejam envolvidos simultaneamente”. De acordo com a hipótese dopaminérgica, receptores hipersensíveis de dopamina resultariam na maior parte dos sintomas esquizofrênicos, principalmente nos sintomas positivos (sintomas caracterizados por alterações do pensamento como delírios e desorganização, e por alterações da percepção, que são as alucinações), sintomas tipicamente psicóticos. Os medicamentos anti-psicóticos ligam-se aos receptores de dopamina do tipo dois (D2) e causam a diminuição da atividade dopaminérgica, reduzindo os sintomas. Porém, como a diminuição dos sintomas se dá com o bloqueio dos receptores D2 no sistema límbico cerebral, quando o bloqueio se dá nos receptores D2 do corpo estriado ou da