Imigração Ucraniana
Historia:
O começo da década de trinta marcou o início de um período difícil para os ucranianos. Na época, o país era composto em sua maioria por camponeses (cerca de 80% da população). A nova política implantada por Stalin buscava coletivar a agricultura, ou seja, o Estado passaria a estabelecer planos de coleta, abastecer as cidades e as forças armadas de modo regular e quase gratuito, e ainda exportaria produtos para o exterior. No entanto, a coletivação foi sentida como uma verdadeira guerra contra o modo de vida e a cultura dos camponeses, que foram obrigados através de todo tipo de abusos e violências, a entregar seus bens ao Estado.
Muitos kulaks, classe camponesa mais rica, eram contra o poder soviético, e por não aceitarem a implantação do novo sistema agrícola foram deportados. Cerca de 2.800.000 pessoas foram deportadas (300.000 eram ucranianas) principalmente para a Sibéria e o Cazaquistão. No entanto, em muitos casos, foram simplesmente abandonadas em territórios distantes e inóspitos. Em conseqüência disso, aproximadamente 500.000 deportados, entre os quais muitas crianças, morreram devido ao frio, à fome e ao esgotamento. Por sua vez, cerca de 400.000 camponeses foram enviados para uma rede de campos de trabalho forçado, gerida pela polícia política, e 30.000 são fuzilados. A resposta dos camponeses foi desesperada e freqüentemente violenta, havendo numerosas manifestações apoiando os anti-soviéticos, que eram vitimas de perseguição, além de revoltas e distúrbios por todo o país.
A fome soviética tem início em 1931. Na Ucrânia o acontecimento recebe o nome de “Holodomor”, termo resultante da expressão ucraniana moroty holodom, que significa: matar pela fome. O Holodomor foi a maior tragédia nacional, matando milhares de pessoas. A fome foi resultado da grave desorganização do ciclo produtivo agrícola causada pela mediação do Estado na agricultura, além da reação violenta e desesperada dos