introdução filme olga
Mais do que retratar o romance vivido pelo casal acima citado, a dramaturgia se dedicou a destacar um importante período histórico no Brasil e no mundo, assombrado pelo Nazismo, pelo impiedoso governo de Getúlio Vargas e pelas revolucionárias manifestações comunistas na Alemanha e no próprio Rio de Janeiro.
Em meio ao relato dos fatos sucedidos com o casal Olga e Luis Carlos, o presente artigo se dedica a contextualizar os horrores produzidos pela Segunda Guerra Mundial com as influências sofridas pela Lei e pela política brasileiras. Busca-se delinear o Direito de Família e os Direitos Humanos em face das atrocidades cometidas pelos governos autoritaristas ali retratados e demonstrar, com isso, que por vezes o ser humano deve negar e se colocar contra a norma instituída para defender verdadeiramente o Direito, na mais límpida expressão da palavra.
ANÁLISE DO FILME
O filme em análise retrata a história de Olga Benário, judia criada numa família burguesa de Munique, na Alemanha, que, por nutrir um sonho revolucionário, vincula-se ao movimento comunista na década de 20.
Talvez a rigidez dos valores e o idealismo na busca de um mundo mais justo e igualitário, que eram características marcantes de Olga, tenham sido herdados do caráter probo e misericordioso de seu pai, o advogado Leo Benário, que não se esquivava em socorrer os pobres e oprimidos, o que fazia a contragosto de sua esposa, a Senhora Eugenié, quem era avessa às ideias benevolentes do marido, referindo-se a ele com menoscabo ao dizer que se trata do “grande advogado das mazelas do mundo”.
Assim como o marido, a filha Olga também era motivo de desgosto para Sra. Eugenié, especialmente por se