Introdução - avaliação nutricional crianças de 2 a 5 anos
No Brasil, o aumento de peso está presente em diferentes faixas econômicas. A classe socioeconômica influencia a obesidade por meio da educação, da renda e da ocupação, resultando em padrões comportamentais específicos que afetam ingestão calórica, gasto energético e taxa de metabolismo. Entretanto, à medida que alimentos saudáveis, estão menos disponíveis para indivíduos de condições mais restritas, a relação entre obesidade e baixa classe socioeconômica é observada em países em desenvolvimento. ¹ Modificações demográficas e tecnológicas nestes países, foram intensificadas desde a última metade do século 20 e determinaram alterações no consumo alimentar e no estilo de vida da população. A partir destes fatores, tem sido detectada a progressão da transição nutricional, retratada por distúrbios, que, por um lado, integram doenças infecciosas e carências de nutrientes, a exemplo da desnutrição energético-proteica, da deficiência de vitamina A e da anemia. ²
A transição nutricional é caracterizada pela redução na prevalência dos déficits nutricionais e ocorrência mais expressiva de sobrepeso e obesidade não só na população adulta, mas também em crianças e adolescentes.³
O consumo alimentar tem sido relacionado ao sobrepeso e à obesidade não somente quanto ao volume da ingestão alimentar, como também à composição e qualidade da dieta. Os padrões alimentares também mudaram, o que explica em parte o contínuo aumento do sobrepeso e obesidade nas crianças. Isso se deve também ao pouco consumo de frutas, hortaliças e leite, o ao aumento no consumo de guloseimas (bolachas recheadas, salgadinhos, doces) e refrigerantes, bem como a omissão do café da manhã.³
De modo geral, o sobrepeso e a obesidade apresentam como determinantes imediatos a alimentação hipercalórica, rica em gorduras trans e ácidos graxos saturados, o consumo excessivo do açúcar, além do sedentarismo e outros hábitos não saudáveis do estilo de vida ocidental.²
Acredita-se que para