INTRODU O AS CI NCIAS SOCIAIS
ALUNO: ANDRÉ MARTIN DA SILVA
PARA ABRIR AS CIÊNCIAS SOCIAIS
(Immanuel Wallerstein)
Sabe-se que durante pelo menos a Alta Idade Média, a Teologia figurava como a grande filosofia – e aí no sentido mais amplo: o estudo para o qual o homem deveria se dirigir. Com a chegada do renascimento cultural (sagrando-se no próprio Iluminismo) essa gama se abriu – no que se chamou de filosofia e mais tarde ciência - , ainda que em um processo gradativo.
De início, os que tentaram estabelecer legitimidade e prioridade da demanda científica das leias da natureza não optaram por fazer delimitação entre a dita ciência e a filosofia. Com a chegada da mecânica newtoniana dando base e estrututando a ciência, ou seja, a ciência da natureza, as ciências socias ficaram um tanto que perdidas, e acabaram por tentar emular o processo de Newton – onde os filósofos sociais cunharam o termo “física do social”.
Constata-se que nos finais do século XVIII e princípios do século XIX as faculdades de Teologia perdem importância, dando lugar marjoritariamente aos estudos exatos, mas também as estudos sociais. Portanto, houve uma grande disciplinarização do conhecimento, divisão racional que prometia ser intelectualmente produtiva. O grande resultado, porém, foi que a partir de então as universidades se tornaram em espaço de tensão entre as humanidades e as ciências, neste momento notadamente antagônicos.
A realidade, todavia, era que verificava-se no próprio mundo, não apenas espaço para o que viríamos a chamar de ciências sociais, mas também de uima grande necessidade social, propriamente dita, no sentido de seu surgimento. A ciência foi proclamada como sendo a descoberta da realidade objetiva através do recurso a um metódo que nos permitia sair para fora da mente, ao passo que aos filósofos não se reconhecia mais do que a faculdade de cogitar e de escrever sobre suas cogitações – sendo este pensamento afirmado no século XIX por Auguste Comte e John Stuart Mill.