Intervenção da terapia ocupacional na enfermaria pediátrica
Nos últimos anos, as mudanças que vem ocorrendo nas questões relacionadas ao desenvolvimento das ações de saúde, têm estimulado os profissionais, em programas de saúde e educação, a assumirem uma visão mais real, social e coerente com as necessidades da população na melhoria da qualidade de vida.
E dessa forma compreendemos a inserção do terapeuta ocupacional na instituição hospitalar - como um profissional que está atento tanto às características clínicas, necessidades e expectativas relacionadas ao processo de adoecimento, de recuperação da saúde, mas também às necessidades psicoafetivas e sociais do paciente e seus familiares e/ou cuidadores. Esta perspectiva de atuação do terapeuta ocupacional como promotor da qualidade de vida durante e após a internação é recente e vem se consolidando progressivamente.
1.1 - OS PROGRAMAS HOSPITALARES DE TERAPIA OCUPACIONAL
De um modo geral, a intervenção de Terapia Ocupacional no hospital tem como vértices principais:
1.1.1 - Promoção da qualidade de vida, da re-humanização das relações interpessoais e do ambiente hospitalar: A Terapia Ocupacional pode intervir no planejamento e organização de espaços intra-hospitalares mais humanizados e acolhedores, que possam ser diferenciados do aspecto tradicional dos hospitais gerais e para que promovam a melhoria das relações interpessoais. O terapeuta ocupacional pode atuar na elaboração de uma rotina de atividades para os pacientes e familiares, de acordo com o funcionamento das enfermarias ou berçários. As atividades, que podem ser desenvolvidas individualmente ou em grupo, dentro de um contexto terapêutico ocupacional, devem ser adequadas com o perfil do paciente, podem estimular a criatividade e o lazer, minimizar os efeitos da separação dos familiares, do trabalho, do impacto da internação, do período pré ou pós-cirúrgico e das conseqüências desta internação na vida do paciente. É possível, ainda,