intervencoes
A República da Indonésia, desde o fim da ditadura militar em 1998, tem sido acometida por violências de todas ordem. Além de ter sido obrigada a aceitar uma intervenção da ONU para garantir a independência da pequena ilha de Timor Leste, em 1999, uma onda de conflitos religiosos, envolvendo em geral muçulmanos e cristãos, sacudiu várias ilhas do arquipélago, culminando no violentíssimo atentado a bomba na ilha de Bali, considerada até então como um dos mais belos paraísos turísticos da Terra.
A luta do Timor Leste
“...todos os europeus sempre se comportaram em relação aos asiáticos como se os princípios do direito internacional não se pudessem aplicar fora da Europa, como se a dignidade moral dos povos da Ásia não pudesse colocar-se no mesmo pé com o deles.”
K.M.Panikkar – A dominação ocidental na Ásia, 1969.
Timor Leste é apenas uma das partes da ilha de Timor, pertencente ao arquipélago da Indonésia ( composto por mais de 17 mil ilhas). Situada há uns 650 quilômetros ao norte da Austrália, ela tem uma população de umas 800 mil pessoas. Enquanto um dos lados dela foi parte do Império Colonial Holandês a outra , a do lado Leste, durante quatros séculos pertenceu ao Império Colonial Português da Ásia. Com a Revolução dos Cravos ocorrida em Lisboa em 1973, aproveitando-se da situação revolucionária que acometia a metrópole lusitana, os timorenses liderados pela Frentilin ( Frente Nacional de Libertação do Timor Leste, de 1974), capitaneada por Xanana Gusmão ( um guerrilheiro esquerdista), proclamaram sua independência em 28 de novembro de 1975, logo que a administração portuguesa abandonou a ilha. A Indonésia naquela época, na década de 1970, vivia sob a ditadura anticomunista do General Suharto( 1965-1998) que, em 7 de dezembro