gravidez
A descoberta da sexualidade associada ao momento histórico em que influências relacionadas ao convívio social, aos valores presentes, à mídia, dentre outros, tem como resposta uma iniciação sexual cada vez mais precoce, tendo como consequência dramática o aumento do número de adolescentes grávidas.
A gravidez na adolescência pode significar um problema, além do fato de representar uma gestação de risco, graças à imaturidade biológica da menina, associada ainda ao fato de desencadear, muitas vezes, desagregação familiar e social, principalmente quando indesejada. O desdobramento desta gravidez se dá muitas vezes com o isolamento social, a interrupção dos estudos de forma temporária ou definitiva, a instabilidade emocional, além da união instável e imatura com o parceiro.
O desenvolvimento da gravidez neste ciclo de vida está associado com variados riscos, sendo mais importante quando sua ocorrência se dá na fase inicial. Isto ocorre devido à interação de fatores singulares ligados ao crescimento e ao desenvolvimento, que terminam por intervir de forma mais decisiva em comparação com a segunda metade da adolescência. Particularizando-se os riscos, alguns autores salientam a preponderância do risco social, tendo em vista sua repercussão sobre a expectativa de vida do bebê que vai nascer. Os riscos de uma gravidez na adolescência estão muito mais associados à interação com as condições de nutrição, de saúde e à falta de atenção e cuidados dispensados à mãe (ou seja, as condições sociais e culturais em que a gravidez ocorre), do que propriamente a fatores biológicos. Certamente, subtraímos os casos em que a gravidez se dá em idades muito precoces, quando podem apresentar conseqüências negativas em relação à saúde (GUIMARÃES, 1998; DADOORIAN, 2000).
A gravidez é uma transição que integra o desenvolvimento humano, mas revela complicações ao ocorrer na adolescência,