Intertextualidade

FACULDADE INTERAMERICANA DE PORTO VELHO
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA: Estética
DOCENTE: Me. Helena Zoraide Pelacani Almada
DISCENTE: Márcia Caroline Aguiar Sobrinho
1º PERÍODO - VESPERTINO
Conto de Marina Colasanti (Contos de amor rasgados):
Despedida à maneira de DegasDecidiram encontrar-se uma última vez, embora tão esgarçada a esperança de chegarem ao entendimento.
No bar, sentados um diante do outro, pediram absinto, o mesmo que haviam começado por tomar com a alegria dos gestos comuns. Mas não tinham alegria, e nada em comum que os unisse.
Nem encostaram o copo nos lábios. Em silêncio, tentaram ainda ligar-se através dos olhos, Mas sequer as mãos entrelaçadas sobre o mármore conseguiram fazer com que se vissem.
E continuaram longamente calados, imóveis, até que a última gota leitosa tivesse evaporado do fundo dos copos
Quadro de Edgar Degas: “L’absinthe” – O absinto
A: Subjetivo.
B: Ismália, de Alphonsus de Guimaraens:
Quando Ismália enlouqueceu,Pôs-se na torre a sonhar...Viu uma lua no céu,Viu outra lua no mar.No sonho em que se perdeu,Banhou-se toda em luar...Queria subir ao céu,Queria descer ao mar...E, no desvario seu,Na torre pôs-se a cantar...Estava perto do céu,Estava longe do mar...E como um anjo pendeuAs asas para voar...Queria a lua do céu,Queria a lua do mar...As asas que Deus lhe deuRuflaram de par em par...Sua alma subiu ao céu,Seu corpo desceu ao mar...

Ophelia, de John Everett Millais.
MOSAICOS DE ABSORÇÔES
Ismália, de Alphonsus de Guimaraens, retrata os últimos momentos de loucura de uma mulher, antes de seu suicídio. Guimaraens tem sua poesia marcadamente religiosa, de estrutura clássica, e é profundamente sensível. Explora o sentido da morte, do amor impossível, da solidão e da inadaptação ao mundo. Seus temas são quase todos voltados para a “Morte da Mulher amada”, visto que perdeu prematuramente sua prima e noiva