intertextualidade

Intertextualidade (cap.5)

- intertextualidade implícita: o texto original não é citado literalmente, mas se espera que seja retomado.
(São exemplos os textos das páginas 102 e 103.)

- intertextualidade explícita: o texto original/fonte é literalmente citado. Essa pode ser uma estratégia usada pelo produtor do texto se ele achar que o leitor desconhece o texto de origem.
Esse tipo de intertextualidade também aparece em textos científicos/acadêmicos, quando são mencionados e citados teóricos da área, seja de modo indireto (No livro “(Arte) e (Cultura): equívocos do elitismo”, Lúcia Santaella aponta uma série de equívocos que têm persistido ao longo dos anos sobre os conceitos de arte e cultura. Ao invés de simplesmente tachá-los de elitistas, a autora analisa-os detalhada e profundamente, mostrando os perigos de rotulá-los dessa maneira.) ou direto (Nas palavras de Lucia Santaella: “A leitura do passado só pode iluminar o presente na medida em que o passado não funcione como parâmetro absoluto”)

CAPÍTULO LXXII
UMA REFORMA DRAMÁTICA

Nem eu, nem tu, nem ela, nem qualquer outra pessoa desta história poderia responder mais, tão certo é que o destino, como todos os dramaturgos, não anuncia as peripécias nem o desfecho. Eles chegam a seu tempo, até que o pano cai, apagam-se as luzes, e os espectadores vão dormir. Nesse gênero há porventura alguma coisa que reformar, e eu proporia, como ensaio, que as peças começassem pelo fim. Otelo mataria a si e a Desdêmona no primeiro ato, os três seguintes seriam dados à ação lenta e decrescente do ciúme, e o último ficaria só com as cenas iniciais da ameaça dos turcos, as explicações de Otelo e Desdêmona, e o bom conselho do fino Iago: "Mete dinheiro na bolsa”.Desta maneira, o espectador, por um lado, acharia no teatro a charada habitual que os periódicos lhe dão, por que os últimos atos explicam o desfecho do primeiro, espécie de conceito, e, por outro lado, ia para a cama com uma boa impressão de ternura e de