Interpretação de análises laboratoriais
Em 2002, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que 2 milhões de pessoas, um terço da população mundial, estava infectados por Mycobacterium tuberculosis. Neste mesmo ano ocorreram 8, 8 milhões de novos casos e 2 milhões de mortes por M. tuberculosis. As regiões com maior incidência da doença foi o Sudeste Asiático, a África Subsaariana e a Europa Oriental.
Nos Estados Unidos, a incidência da tuberculose se reduziu constantemente desde 1992. Em 2003, menos de 15.000 casos foram relatados, mais da metade ocorreu em estrangeiros. Outras populações que possuem alto risco de adquirir a doença são indígenas, alcoólatras e usuários de drogas, prisioneiros e pessoas infectadas por HIV. A doença é difícil de erradicar e pacientes com tratamento inadequado podem permanecer infecciosos por muito tempo.
Aspectos microbiológicos, incluindo identificação e caracterização do(s) patógeno(s), e mecanismos de patogenicidade e resistência do(s) patógeno(s)
As micobactérias são bactérias aeróbicas em forma de bastonete que não formam esporos. Apesar de não serem facilmente coradas, resistem à descoloração por ácido ou álcool e, por esse motivo, são denominadas bacilos “álcool-ácido-resistentes”. O Mycobacterium tuberculosis é um patógeno muito importante em seres humanos, que provoca tuberculose.
Nos tecidos, os bacilos da tuberculose consistem em bastonetes retos e finos, medindo cerca de 0,4 x 3 µm. Em meios artificiais, são observadas formas cocóides e filamentosas, com morfologia variável de uma espécie para outra. As micobactérias não podem ser classificadas em microrganismos Gram-positivos ou Gram-negativos. Coradas com corantes básicos, não podem ser descoradas pelo álcool independentemente do tratamento com iodo. Os verdadeiros bacilos da tuberculose caracterizam-se pela sua “álcool-ácido-resistência”,