Interpreta O Espacial
As interpretações arquitetônicas se dividem em três grandes categorias:
a) Interpretações relativas ao conteúdo;
b) Interpretações fisiopsicológicas;
c) Interpretações formalísticas;
O espaço age sobre nós e pode dominar o nosso espirito, pois uma grande parte do prazer que recebemos da arquitetura surge na realidade do espaço. O espaço é logicamente o nosso fim, delimitá-lo é o objetivo do construir e toda a arquitetura surge dessa necessidade.
Outra conclusão que podemos ter é que a interpretação espacial deriva da constatação de que, em arquitetura, o conteúdo social, o efeito psicológico e os valores formais se materializam todos no espaço. Interpretar o espaço significa por isso incluir todas as realidades de um edifício. Toda a interpretação que não parta do espaço é obrigada a estabelecer que pelo menos um dos aspectos da arquitetura acima enumerados não tem valor, e deve ser deixado de lado.
Em relação aos temas espaciais do século XVI, este desenvolveu aspiração cêntrica em relação ao século XV. No caso, a visão do espaço absoluto, era facilmente perceptível de todos os ângulos visuais, voltando assim, a antiga antítese entre espaço interior e exterior, além da solidez pesada e corpórea das suas paredes e a maciça plástica dos seus componentes decorativos.
O movimento e a interpretação no espaço barroco
O barroco é a libertação espacial e mental das regras dos tratadistas, das convenções, da geometria elementar e da estaticidade, é a libertação da simetria e da antítese entre espaços interior e exterior. Por essa vontade de libertação, o barroco assume um significado psicológico que transcende o da arquitetura dos séculos XVII e XVIII, para significar um estado de espirito de liberdade, uma atitude criativa liberta de preconceitos intelectuais e formais, que é comum a mais de um momento da história da arte.
Pode-se afirmar também, que o movimento barroco não é somente uma conquista espacial, é também um conquistar espacial na