internacionalizacao
2.1. Introdução
A internacionalização não pode ser considerada um fenómeno dos nossos dias, se tivermos em atenção que as trocas entre nações se perdem no tempo. Contudo, a dimensão, crescimento e características que a internacionalização atingiu nas últimas décadas é que tornam este fenómeno relevante, dando-lhe um novo fôlego e justificando um interesse renovado no seu conhecimento.
Este capítulo vai assim abordar alguns dos aspectos-chave do fenonómeno internacionalização, nomeadamente
os
seus
conceitos,
teorias
explicativas,
determinantes e formas. Igualmente esta questão vai ser colocada tratada à escala das
PME, na medida em que estas são o principal motor das economias de muitos países.
2.2. O Conceito de Internacionalização
Num mundo em constante mutação, com a progressiva liberalização do comércio mundial, a expansão internacional tem sido a resposta das empresas ao aumento generalizado da concorrência e às ameaças à sua sobrevivência. Welford e Prescott
(1994) referem que a expansão é uma entre várias estratégias de crescimento. Sousa
(1997) reforça esta ideia salientando que a internacionalização não é considerada uma solução universal. Fernández e Nieto (2005) consideram que esta é a estratégia mais complexa que uma empresa pode adoptar.
Simões (1997) chama a atenção para a existência de diversas definições de internacionalização, assentes em duas dicotomias: a oposição micro-macro, que confronta a óptica da economia nacional com a da empresa; a polarização inwardoutward, que opõe as operações de dentro para fora (exportações, licenciamentos no
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exterior, investimento no estrangeiro) às operações de fora para dentro (importações, aquisições de tecnologia estrangeiro e investimento estrangeiro).
Entre as diversas definições de internacionalização, podem ser destacadas as de:
Meyer (1996), que define a internacionalização como o processo pelo qual