Interferencias eletromagnéticas
COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA EM SUBESTAÇÕES E RECINTOS ELÉTRICOS
Caracterizações, Principais Problemas e Possibilidades de Solução
Eng. Marcos Isoni - Engeparc Engenharia Ltda
Resumo – Este trabalho propõe-se a apresentar, de maneira sucinta e objetiva, os aspectos básicos relacionados à Compatibilidade Eletromagnética em subestações de energia e recintos elétricos em geral, fundamentalmente no que se refere às possibilidades do surgimento de interferências sobre os sistemas eletrônicos amplamente utilizados nesses ambientes para as funções de proteção, controle / automação, monitoramento e comunicação. São abordados os tipos e as principais fontes de ruídos em SE’s, bem como as possibilidades de minimização dos efeitos potencialmente nocivos ao funcionamento de equipamentos eletrônicos sensíveis. Além disso, ao longo do texto são citadas algumas soluções adotadas com sucesso em casos reais.
1. INTRODUÇÃO
Nos dias de hoje, circuitos elétricos e eletrônicos são utilizados para as mais diversas funções tais como a distribuição de potência, a comunicação de dados e a automação e controle de equipamentos e processos.
A disseminação do uso integrado dessas funções impõe, com freqüência, a operação de tais circuitos e dispositivos relativamente próximos uns dos outros, fato que pode gerar interferências indesejáveis e problemas operacionais severos caso alguns cuidados importantes não venham a ser tomados.
Tais interferências denominam-se Interferências
Eletromagnéticas (ou IEM), sendo comumente citadas na bibliografia específica como “EMI”, sigla oriunda do termo em inglês “Eletromagnetic Interference”, e fazem parte de uma área da engenharia moderna com escopo de abrangência mais amplo, conhecida como
Compatibilidade Eletromagnética (CEM). Grosso modo pode-se definir sucintamente a CEM como “a capacidade de um determinado equipamento, sistema ou grupo de sistemas, de operar(em)