Interesses conlito e poder
As organizações vistas como Sistemas Políticos – Resumo
Carlos Daniel Romanzini
1. INTRODUÇÃO
A metáfora das organizações vistas como sistemas políticos têm duas abordagens. Conforme a primeira, pode-se entender as organizações como sistemas de governo, que variam de acordo com os princípios políticos que são empregados. As organizações podem ser autoritárias, democráticas, tecnocratas, etc. De acordo com a segunda abordagem, pode-se tentar desvendar a detalhada política da vida organizacional. Para esclarecer a vida organizacional no dia-a-dia, deve-se perceber os arranjos que são formados, através dos quais pessoas com diferentes características tentam alcançar seus interesses particulares. Estes interesses só são assumidos privadamente, pois se tem a idéia de que nas organizações impere o racionalismo, onde todos os membros procuram por objetivos comuns. A política é vista como algo disfuncional, e não como um aspecto essencial.
2. ORGANIZAÇÕES COMO SISTEMAS DE GOVERNOS
É comum vermos os termos autocracia e democracia sendo utilizados para descrever a natureza de uma organização. Quando isto acontece, está-se, implicitamente, estabelecendo-se paralelos entre as organizações e os sistemas políticos de governo. Do mesmo modo, quando fala-se em organizações burocráticas ou tecnocráticas, estamos caracterizando a organização em termos de um estilo particular de regra política. Estas palavras têm em comum o sufixo cracia (do grego kratia ), que significa poder ou governo. O seu prefixo indica a natureza precisa do poder ou da forma de governo empregado.
As formas mais comuns de regras políticas encontradas nas organizações são:
AUTOCRACIA ( “Vamos fazer desta forma” )
BUROCRACIA ( “Espera-se que façamos desta maneira” )
TECNOCRACIA ( “A melhor maneira de fazer isto é desta forma” )
DEMOCRACIA (“ Como vamos fazer isto” )
Geralmente, na prática, encontramos tipos mistos de organizações. A análise política propõe que se